Mesmo após protesto dos estudantes paranaenses e sindicalistas os deputados aprovaram projeto de lei da privatização.
Estudantes e sindicalistas ocuparam e lotaram a galeria destinada ao público da Assembléia Legislativa do Paraná (Alep) no início da tarde desta segunda-feira (5) para pressionar os deputados estaduais e evitar que os parlamentares aprovarem o projeto de lei que permite ao estado do Paraná terceirizar serviços públicos, através de Organizações Sociais (OSs). A iniciativa é do governo Richa, mas enfrenta resistência de sindicatos e entidades estudantis paranaenses.
Os manifestantes prometiam interromper a votação do projeto sempre que ele entrasse em pauta, com a justificativa que não houve debate com a sociedade sobre a terceirização de serviços. O grupo gritava palavras de ordem regulamente desde o início da sessão. Uma delas dizia: “Não! Não à privatização!” Além disso, eles exibiam faixas contra a proposta.
Às 18h30, houve novo confronto entre manifestantes e seguranças. Um grupo de pessoas que estava na rampa de acesso tentou entrar no plenário e reforçar a ocupação, mas foi contido. Em seguida, a presidência da Casa mandou cortar o sinal de internet sem fio do plenário para evitar a comunicação dos manifestantes com pessoas do lado de fora da Casa.
Os deputados pediram a desocupação do plenário e, em troca, comprometiam-se a votar apenas em primeiro turno o projeto de lei. Pela proposta, a votação seria retomada nesta terça-feira e seria dada a oportunidade de duas pessoas discursarem antes da votação. Os manifestantes rejeitaram a idéia e disseram que só sairiam do plenário se a terceirização fosse discutida com a sociedade em audiências públicas, antes de ser votada pelos deputados Logo após a saída dos manifestantes, o presidente da Assembléia Legislativa do Paraná.
Após muita repressão e confrontos com a polícia militar, os estudantes desocuparam a Alep. Logo após isso o presidente da casa, Valdir Rossoni (PSDB), ignorou o protesto de 250 pessoas e colocou em votação, o projeto de lei.
Por volta das 23h24 do mesmo dia, o projeto de lei que permite ao Governo do Estado terceirizar serviços públicos foi aprovado pelos deputados da Alep. O texto recebeu 40 votos favoráveis e apenas quatro contrários.
A ocupação da Assembléia por sindicalistas e estudantes pretendia evitar a votação do projeto sem a participação da sociedade, através de audiências públicas. Durante a ocupação, houve empurra-empurra com seguranças, que chegaram a usar armas de choque-elétrico para conter os manifestantes.
A UPES encara a atitude como de total desrespeito com a população do Paraná e desde já diz que não vai se calar a esse tipo de atitude. "Sem dúvidas estamos prontos para acabar com a politica suja que os deputados do Paraná tem feito. A UPES não vai se calar e nem deixar de defender, não só os estudantes, mas também toda a população do estado" diz Higor Juan Bernardino, diretor de comunicação da entidade.
Coletivo de Comunicação UPES
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